quarta-feira, 27 de março de 2013

Coisa Nossa

Nosso blog tem como principal missão, valorizar e divulgar o que há de melhor em Ipatinga e arredores. 

Inspirados pela canção "Cosa Nostra" do mestre Jorge Ben Jor, estamos iniciando hoje uma nova seção no blog, chamada "Coisa nossa". Divulgar a arte de representar, fotografar, cantar, dançar e encantar de um jeito particularmente mineiro, de pessoas talentosas que nasceram ou moram no Vale do Aço. 


O primeiro artista a compartilhar com a gente alguns fragmentos de sua vida e trabalho é João Veiros. Conhecendo um pouco de João, através de alguns bate-papos, fica bem difícil resumir sua história em poucos trechos, mas foi justamente isso que tentamos fazer.


João Soares Veiros nasceu na cidade de Ovar em Portugal, mas ainda criança imigrou-se com sua família para Angola, onde foi educado entre etnias indígenas. Anos depois, teve participação ativa na fundação da Escola Secundária Camarada Tchifuchi. Em 1968, a convite da Unilever Intenacional, dirigiu um Teatro Itinerante percorrendo diversas tribos angolanas. Veio para o Brasil em 1975. No apoio a diversas produções de novelas e programas da extinta TV Tupi, passou a representar o mundo através de sua lente fotográfica. Em 1980, quando a Tupi encerrou suas atividades, veio para o Vale do Aço trabalhar nas telecomunicações da Acesita. Morou 3 anos em Acesita e depois mudou-se para Coronel Fabriciano, onde reside e tem seu estúdio fotográfico atualmente. Para conhecê-lo um pouco melhor, pedimos a ele que respondesse algumas perguntas:

Quais são os principais desafios de um fotógrafo atualmente?
Sensibilizar as pessoas através de sua própria cultura regional, sobre coisas que para o cidadão comum estão ocultas, mas não longe dos olhos do fotógrafo. Assim consigo expressar as minhas emoções sentidas ao registrar as coisas que podem muitas vezes passar despercebidas. Fotografar é a arte de representar a alma das coisas que registramos, é pilar da cultura de todos os povos, por isso o artista deve ser melhor compreendido e valorizado pelos órgãos e instituições culturais. 

Qual a maior alegria em sua profissão?
Minha maior alegria é quando as pessoas se emocionam até às lágrimas ao se depararem com o resultado que lhes apresento, por meio de meu trabalho.

O que você mais gosta de fazer quando não está fotografando?
Escrever episódios hilários da vida, através de contos e causos ou através da poesia. O fotógrafo em sua essência já é um poeta da imagem.

Você consegue escolher no seu trabalho, uma foto preferida?
Não consigo. As fotos são como poesias que representam o estado de espírito daquele momento. Mas as fotos do mar, em especial, me fascinam muito.

Qual sua opinião sobre o potencial turístico do Vale do Aço?
A região é riquíssima em paisagens paradisíacas não divulgadas. Os órgãos responsáveis pelo turismo precisam ficar mais atentos e se mobilizarem para despertar o grande potencial econômico e cultural da região.

Essas são algumas fotos de belíssimas paisagens de nossa região registradas pelas lentes desse artista.



 

                             

     
 

João,  um português de nascimento, mas de coração mineiro!
É Coisa nossa com muito orgulho, a fotografia desse grande artista.



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